RUINAS DE NOSSO PASSADO!

No ano de 2008 comemoramos 120 anos da abolição da escravidão em nosso país. Temos motivos de sobra para comemorar esta data como uma data de evolução dos tempos, pois a comunidade afro brasileira tem consquistado seu espaço a cada dia em nosso país, ja é possivel ver homens e mulheres de nossa raça ocupando os espaços desdinados a pessoas de integridade moral e profissional, demostrando que o país esta evoluindo na descriminação racial, uma evolução construida pelos seguimentos negros de nossa capital, movimentos que não mais se omitem e se expressam através de seminarios, debates e apresentações artisticas, pois a cultura deste pais tem a força africana a sua frente, o sofrimento da viagem castigada em navios negreiros, transportados em meios a materiais de construção dos senhores e o desgaste da labuta como escravos de senhores, nossos antepassados buscavam em sua religião o alivio as dores e na dança de capoeira o alivio para enfrentar seus senhores de engenho, hoje uma das danças de maior expressão dos escravos em suas senzalas que é a capoeira já invade o mundo com sua beleza que para o transito em Paris, roubando a cena da torre Eifel. Celebração no cemitério em Carmo do Cajurú em Minas Gerais, cidade á 830 Km da nossa capital, onde no mês em que se comemora a abolição da escravatura, a familia Oliveira se reúne com a comunidade para homenagear os antepassados, eles dançam e cantam dentro do cemiterio dos escravos, o silencio só é interrompido pelo som do Moçambique, uma dança da Africa, com instrumentos de origem africana como Patagongas, Chocalhos, que fazem a poeira levantar, mais adiante surge o Congo com suas gingas que tambem é uma tradição africana. No passado as Serras do Marimbondo onde se situa o cemitério de escravos em Carmo do Cajurú, era onde se escondiam escravos formando o Quilombo, este local foi reservado aos escravos como cemitério ainda no seculo XVIII, nele existem cerca de 300 escravos enterrados que na maioria morreu lutando pela liberdade, hoje a maior parte das familias da cidade de Carmo do Cajurú são formadas por descedentes de escravos, inclusive a minha familia. No ano em que comemoramos esta data de suma importancia para nossa história no país, gostaria de saudar a todos os seguimentos afro brasileiro no Distrito Federal, sei que nós poderemos acrescentar algo a historia de nossa capital, parabéns a todos e que a forçae determinação de Zumbi dos Palmares esteja com cada um de nós para que a luta não deixe de existir nunca.

Kico Locutor - Presidente da Acass II