O NEGRO NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL!

A historia do negro e de sua vinda para o Brasil, na forma como é tradicionalmente ensinada, impoe aos descedentes de escravos, uma carga social pesada e injusta, uma vez que, naquele modelo tradicional de ensino da historia do negro no Brasil, se difundiu a falácia de que nossa nação sempre gozou de uma democracia racial, o que de fato, nunca aconteceu. Tal conjuntura, além de não fazer jus aà longa historia de luta do negro no Brasil e seus desedebtes, foie é extremamente prejudicial para a construção da memoria nacional, e para inclusão, nessa memória do negro, como efetivo rotagonista na construção e solidificação na independencia da República e do Brasil como nação soberana que é hoje.

A recuperação dos valores culturais do negro que representam mais de 49% da população do Brasil é, antes de tudo, uma das formas mais efetivas de combater o preconceito e a discriminação racial.

Neste contexto, é fundamental que, após 120 anos, ainda não perdure uma visão profundamente equivocada de que a liberdade e a cidadania fornecida aos negros, não trate de meras concessões e beneficios, quando, na verdade, germinavam-se, naqueles atos legais, os direitos fundamentais e elementares do que veio a se tomar o insômico estado democrático de direitos que temos hoje.

Assim, justifica-se o tema "O Negro na Independencia do Brasil", pela necessidade de resgatar a relevancia dos movimentos e de toda a luta pela libertação dos escravos para que, assim, se possa desconstruir o mito da democracia racial, possibilitando uma melhor percepção daquele momento histórico e um reconhecimento da dignidade e da importancia daqueles descendentes de escravos, os quais configuram-se memória viva da construção da identidade nacional.

Kico Locutor - Conselheiro do CDDN